sexta-feira, 20 de março de 2015

Astronomia Vs astrologia

A grande diferença entre astronomia e Astrologia :


O ato de olhar o céu e buscar simbolismo  e associações é algo intrínseco ao ser humano e ocorre há milênios. Essa busca vem do tempo em que pouco se conhecia sobre o comportamento da natureza e no qual o animismo era uma tentativa de compreender e domesticar o desconhecido. Muitas culturas antigas têm registros sistemáticos da esfera celeste que remontam a 2 mil anos antes da era cristã. Desde essa época, padrões de repetições de movimento e agrupamento de astros já eram conhecidos, levando a separação entre estrelas e planetas (‘astros errantes’) – na época, eram conhecidos apenas por Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno deuses romanos da época em questão.
A idéia de constelações também surgiu naturalmente, sendo que a idealização do que era “visto” no agrupamento de estrelas sempre sofreu uma forte influencia da mitologia local. Porém, ainda hoje, um fato acontece cin vários de nós, astrônomos profissionais ou amadores: basta comentar sobre nossa profissão ou interesse pelos céus e rapidamente vem a pergunta: “E se eu te disser que sou Sagitário com ascendente em Touro” ? É surpreende que, mesmo neste início de século, um número  enorme de pessoas ainda leve a sério uma crença que remonta a mais de dois milênios: a de que os astros influenciam o cotidiano, o comportamento e o destino das pessoas “Risos”.
Astronomia e astrologia são palavras do grego. Nessa língua, astron significa ‘estrela’ e o sufixo nomos ‘regra’ ou ‘lei’.  Astronomia é a ciencia que trata da constituição, posição relativa, movimento e dos processos físicos que ocorrem nos astros (neste último caso, denominada  astrofísica, cujo nascimento se deu no século 19). Por sua vez, a astrologia astron e logos, que significa ‘palavra’ e que pode ser entendido como ‘estudo’ ou ‘disciplina’. Em geral, a astrologia trata do estudo da influência dos astros, especialmente dos signos do zodíaco, no destino e no comportamento humano. Os fundamentos da astrologia foram estabelecidos pelos babilônicos por volta  de 1.500 a.C. A origem comum da astronomia e da astrologia remonta a essa época e, apesar de ambas se basearem no estudo dos astros, suas versões são inteiramente distintas.
A astrologia baseia suas previsões no movimento relativo dos planetas do sistema solar, não fazendo uso da informação trazida pela radiação eletromagnética (ondas de radio, infravermelho, luz visível, raios X etc.) emitida por eles. Praticantes e estudiosos da astrologia consideram-na uma linguagem simbólica, forma de arte, adivinhação ou até ciência, com capacidade de prever o futuro ou aspectos ocultos da personalidade.  Os astrólogos defendem sua área de estudo com base na idéia de que a ciência moderna não entende o que eles dizem e que, mesmo sob teste, a astrologia será sempre avaliada segundo os paradigmas científicos, desconsiderando outras formas de testes e de pensamentos.
A astronomia é baseada em leis conhecidas da física, sendo que os resultados obtidos a partir dessas leis deverão ser os mesmos para qualquer pessoa que conheça os métodos empregados no experimento,  bem como as leis em questão. O estudo em astros distantes também é feito com base na radiação eletromagnética emitida por esses corpos celestes, incluindo ondas de radio, micro-ondas,ultravioleta, raios X e raios gamas. Isso permite não só a reconstrução dos processos físicos que produzem essa radiação,  mas também o estudo da estrutura e do estado evolutivo dos astros.
Geoffrey Dean, pesquisador australiano que realizou testes extensivos sobre astrologia, invertendo as leituras astrológicas de 22 duas pessoas, substituindo as frases originais do horóscopo por outras que diziam o oposto. Ainda assim, as pessoas nesse estudo disseram que as leituras se aplicavam a elas tão frequentemente (95% das vezes) quanto as pessoas que foram dadas as leituras corretas. Aparentemente pessoas que procuram astrólogos desejam apenas  uma orientação, qualquer que seja ela.
Críticos da astrologia incluindo a própria comunidade científica consideram-na uma forma de pseudociência ou superstição, devido á sua incapacidade  de demonstrar o que afirma, o que até agora tem sido corroborado em grande numero de estudos científicos controlados. Por sua vez, astrólogos contestam testes propostos pela ciência para validar a astrologia nesse sentido.

Portanto, a astrologia não se enquadra no paradigma entendido como ciência!

terça-feira, 17 de março de 2015

Sidereus Nuncius ( Mensageiro das estrelas) a história de Galileu como você nunca viu.



Em 1609, um ex-estudande de medicina nascido na cidade italiana de Pisa iniciaria, com o auxilio de um aparelho construído por ele, uma série de observações astronômicas que ajudaria a moldar uma nova imagem do mundo. Seus resultados eram mais do que originais. Eram sem precedentes. Transformariam os conceitos sobre a estrutura dos céus e suas relações com a terra.

Suas descobertas contribuíram para minar a primazia da concepção aristotelica do cosmo, baseada na beleza dos corpos celeste e na imutabilidade dos céus. Em longo prazo, suas ideias, sustentadas pela matemática, por medidas e por uma retórica afiada. Erguem uma visão de um mundo na qual se buscavam leis para os fenômenos naturais. A ciência moderna então começa a se consolidar.

Ao abandonar a Universidade de Pisa, em 1585, sem completar o curso de medicina, Galileu Galilei (1564 - 1642) estava decidido a se dedicar á matemática. Essa decisão levou-o a dar aulas particulares para o sustento próprio.  O interesse de Galileu por astronomia teria começado apenas em 1597, quando conheceu o filósofo italiano Jacopo Mazzoni, passando então a considerar então a teoria de Copérnico  mais provável que o sistema Geocêntrico.

Feitos de galileu em astronomia devem-se basicamente a dois fatores:

I - Seu recurso á Trigonometria;
II - Uso consistente e metódico de um aparelho construído por ópticos Flamengos no início do século XVII.

Aparentemente, Galileu tomou conhecimento desse instrumento em maio de 1609. Em tres meses, foi capaz de construir uma versão aperfeiçoada, juntando, como havia no original, lentes convexas e côncavas. Batizou-o de PERSPICILLUM, cuja capacidade de aumentar objetos distantes era de oito ou nove vezes. Até então a luneta da época eram mal construídas. E condenadas pelos sábios, que questionavam a capacidade de a visão gerar conhecimento confiável sobre o mundo externo.

Galileu mostrou o perspicillum ao Senado de Veneza, defendendo-o como instrumento militar, pois permitiria perceber a aproximação de navios inimigos. A negociação fracassou. De imediato, entrou em contato com os Médicis, família que governou Florença por séculos, para deles obter uma melhor condição profissional.

Com a luneta capaz de aumentar 20 Vezes os objetos observados, Galileu, de dezembro de 1609 a janeiro do ano seguinte, descobriu:

I - Que a superfície da lua era irregular;
II- Que o número de estrelas observadas era bem maior do que o conhecido até então;
III- Que Júpiter tinha satélites.

Para garantir a prioridade de suas descobertas, escreveu Sidereus nuncius ( Mensageiro das estrelas), publicado em 13 de março de 1610. ao lado o link para o livro em português Sidereus nuncius

Ao longo de 1610, Galileu observou ainda a forma peculiar de Saturno, as fases de Vênus e as manchas irregulares que se moviam na superfície do Sol. Em 1611, fez sua segunda viagem a Roma. Foi recebido em triunfo no Colégio Romano, local de estudo e pesquisa dos jesuítas, que reconheceram a importância de suas descobertas.

Não é fácil sintetizar as contribuições que galileu deu para o conhecimento da natureza e que abriram caminho para a consolidação da ciência moderna. Mesmo assim, a sedução da síntese é inescapável Aqui corro o risco de oferecer os motivos que deram origem á imagem de Galileu como fundador da ciência moderna, mesmo que hoje os mais importantes estudiosos no assunto a considerem equivocada pois muitos dizem que o pai da ciencia moderna é Albert Einstein.


terça-feira, 25 de novembro de 2014

Teoria de tudo


Teoria das cordas é uma forma de descrever todas as forças e toda a matéria. Desde o átomo até a matéria, desde o tempo até o ultimo instante, uma teoria de tudo. São minúsculas partículas de energia vibrantes, a teoria das cordas é dividida em 11 dimensões no espaço.
A teoria das cordas relata que podemos estar vivendo em um universo onde a realidade se encontra com a ficção cientifica, um universo de 11 dimensões, com universos paralelos um ao lado do outro, um universo composto por vibrações de cordas como as de músicas, especifica também que tudo no universo desde a menor partícula até o maior dos astros e mais massivo é composto pelo mesmo ingrediente, minúsculas partículas vibrantes, o universo é como uma grande sinfonia cósmica.
A teoria das cordas ainda esta no seu princípio, porém esta se revelando uma realidade tão estranha quanto bela, todos os cientistas, atualmente, estão em busca da unificação de uma teoria e fórmula que explique tudo no universo em uma equação mestre, e esta busca tem sido incessante por longos períodos da nossa história.
Em 1665 o jovem Isaac Newton, sentado em baixo de uma árvore, viu uma maçã caindo e, com a queda daquela maçã, o jovem revolucionou nossa compreensão sobre o universo em uma proposta audaciosa para seu tempo. A força que puxa a maçã para o solo e a força que mantém a lua em órbita era a mesma. Com uma maçã caída ele conseguiu unificar o céu e a Terra em uma teoria chamada GRAVIDADE (G). Essa foi a primeira força a ser compreendida. Hoje os cientistas não precisam de nada mais do que uma equação de Newton para levar um homem à lua, porém ele não tinha idéia de como a gravidade realmente funcionava na época e da importância que sua teoria teria no futuro.
No inicio do século XX havia um funcionário desconhecido que trabalhava na agência de patentes na Suiça, um jovem que se intrigava com as propriedades da luz, Albert Einstein, aos 26 anos, fez uma descoberta surpreendente:  a velocidade da luz é um tipo de limite de velocidade cósmica uma velocidade que nada no universo pode exceder. Entretanto, assim que ele publicou sua idéia, encontrou-se confrontando o pai da gravidade, Isaac Newton.
A teoria de Newton prediz que se o sol sumisse os planetas sairiam imediatamente de suas órbitas agindo instantaneamente a qualquer distância. Einstein encontrou então um grande problema em sua teoria, pois sabia que a luz não viaja instantaneamente, na verdade, demora 8 minutos para que os raios solares viajem 150 milhões de quilômetros até a terra, sendo assim se o sol sumisse iria demorar o mesmo tempo para que chegasse a escuridão na terra, e como ele demonstrou que nada nem mesmo a gravidade pode ser mais rápida que a luz, pelo contrario trabalhando com o tecido espaço tempo ele descreveu que se o sol sumisse o tecido espaço tempo, que era curto, iria criar ondas, assim a terra só sairia de sua orbita assim que chegassem essas ondas. Logo, ele foi além, e calculou que essas ondas de gravidade viajariam na mesma velocidade da luz, a conhecida relatividade geral, ou seja a gravidade nada mais é do que trabalho de curvas na estrutura do espaço tempo.
Por volta de 1850 a eletricidade e o magnetismo chamavam muito a atenção dos cientistas inclusive do James Clerk Maxwell que buscou a unificação das mesmas, usando a matemática para explicar tal fato. Criando 4 nobres equações para unificar essas duas grandezas, o eletromagnetismo. Nosso grande amigo Albert pensou que se unificassem essas duas grandezas, a gravidade e o eletromagnetismo, conseguiria o grande feito, uma fórmula de tudo. Porem, o que ele não sabia é a grande diferença de força superaria sua similaridade. Um exemplo é um corpo caindo de cima de um prédio até o chão, o que impediria esse corpo de arrebentar o solo e ir para o centro da terra? Por mais estranho que seja a resposta é o eletromagnetismo, tudo que podemos ver é composto por átomos, e a camada externa desses átomos é carregada por uma camada elétrica negativa. Então quando esse corpo chegar perto do chão essas cargas elétricas vão se repelir com tanta força que só um pedaço do solo consegue segurar um corpo em queda livre, ou seja, a força eletromagnetismo é bilhões e bilhões de vezes mais forte que a força gravitacional.
Então você se pergunta como a gravidade consegue segurar planetas em sua órbita? A resposta é simples, a gravidade só age bem, pois esta agindo em corpos muito massivos, quando ocorre em pequenas partículas como em átomos a gravidade tem uma força minúscula incrivelmente frágil.
No final dos anos de 1920 físicos criaram a Mecânica Quântica, capaz de explicar o reino microscópico com grande sucesso, no nível atômico e quântico segundo Niels Bohr a incerteza reina, contradizendo o que Einstein disse que tudo no universo é previsível. O melhor que você pode fazer segundo a Mecânica Quântica é prever a possibilidade de algo acontecer.
Em 1930 os cientistas descobriram que a gravidade e o eletromagnetismo não são as únicas forças deste universo. Graças a Mecânica Quântica foi descoberto que no mundo subatômico existem duas grandes forças uma é chamada de Força Nuclear Forte, que funciona como uma espécie de super cola contendo o núcleo de todo átomo ligando prótons e nêutrons. A outra é chamada de Força Nuclear Fraca, que permite que os nêutrons se transformem em prótons, emitindo radiação neste processo.
Em 1945 no dia 16 de julho conhecemos mais sobre a força nuclear forte com a explosão da primeira bomba nuclear da historia ela tinha apenas um metro e meio de diâmetro, porem tinha força de 20 mil toneladas de TNT. Com a explosão, foi liberado a Força Nuclear Forte, o que foi feito, basicamente, foi dividir o núcleo do átomo.
Ninguém consegue prever como a gravidade funciona em nível subatômico, Ninguém consegue colocar a Relatividade Geral e a Mecânica Quântica em um único pacote. Agora com a teoria das cordas os físicos acreditam que conseguiram achar uma fórmula de unir o grande, Relatividade Geral, e o pequeno, Mecânica Quântica. O único problema é como testar a teoria das cordas, pois se não é testado e comprovado, não é ciência, mas sim, filosofia.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Planetas Telúricos e Gigantes Gasosos


  • PLANETAS TELÚRICOS


Em nosso Sistema Solar encontramos planetas com composições distintas, que os fazem orbitar em posições diferentes em relação ao Sol. Alguns mais densos outros menos densos compostos basicamente por gases, todos eles possuem sua massa e volume, em muitos casos, bem maiores que o nosso humilde Planeta Terra. Diante de tantas diversidades, existem os peculiares Planetas Telúricos.
Os Planetas Telúricos são os quatro primeiros planetas do Sistema Solar, ou seja, Mercúrio, Vênus, Terra e Marte. Sua composição é rochosa, seguida por ferro e outros metais pesados, logo se tratam dos planetas mais densos e por isso orbitam mais próximos ao Sol. Outra característica desses planetas é que eles não possuem formação de anel.
Quando se fala em tornar outros lugares fora do plante Terra habitáveis, logo se pensa nos Planetas Telúricos, pois além da proximidade com nosso planeta, são planetas que possuem características semelhantes para serem desenvolvidas condições de se estabelecer vida e sociedades. Logicamente serão necessários muitos estudos e trabalhosos projetos para tal realização, e essa, talvez, seja uma jornada interessante e desafiadora para muitos de nós que estamos no caminho da astronomia.  

  • GIGANTES GASOSOS 


Os quatro maiores e mais afastados planetas do Sistema Solar formam o grupo dos gigantes gasosos, todos com dimensões consideravelmente superiores às da Terra. Seu tamanho e constituição distinguem-nos dos telúricos, pelo que também recebem a denominação de planetas jovianos, em alusão ao maior componente deste conjunto, Júpiter. Formados principalmente por hidrogênio e hélio além de uma pequena fração de elementos mais pesados, possuem baixa densidade. Apesar de estarem afastados do Sol, o calor irradiado de seus interiores aliado a sua composição gasosa faz com que suas atmosferas sejam extremamente espessas e turbulentas, não existindo uma superfície definida em tais corpos. Também possuem em comum um núcleo rochoso, possivelmente com dimensões comparáveis ao da Terra, que seria o componente original dos planetas antes da absorção de gases e gelo durante sua formação. Todos eles apresentam igualmente numerosos satélites naturais e sistemas de anéis, além de campos magnéticos. Os dois mais distantes do Sol, Urano e Netuno, são por vezes denominados gigantes de gelo, dada a sua composição diferenciada em relação aos outros planetas gasosos

Sistema solar

Sistema Planetário :
  • Mercúrio 


O planeta mais próximo do Sol, que gasta somente oitenta e oito dias para completar seu período de translação, possui uma aparência acinzentada com inúmeras marcas de impactos que lembram a superfície lunar. Na topografia de Mercúrio, destacam-se as áreas planas, as crateras de impacto e as cadeias montanhosas sinuosas, formadas pela contração da crosta durante o período de resfriamento do planeta. Mercúrio possui uma atmosfera extremamente rarefeita, formada somente de partículas retidas do vento solar que logo se perdem devido à intensa radiação oriunda da estrela. Por isso, a temperatura na superfície chega a ultrapassar 420 graus Celsius durante o dia e cai drasticamente durante a noite, atingindo -180°C. Também por causa da ausência de uma atmosfera substancial que pudesse desencadear processos erosivos, conservaram-se registros dos impactos de meteoroides, asteroides e cometas que ocorreram há bilhões de anos, com mais de 1 500 quilômetros de diâmetro. Mercúrio é o segundo planeta mais denso do Sistema Solar, com um núcleo metálico cujo raio equivale a 75% do total do planeta e que é responsável pela manutenção de um fraco campo magnético. Existem evidências da presença de água sob a forma de gelo em crateras profundas nos polos norte e sul que nunca recebem a luz do Sol.

  • Vênus 


O segundo planeta a partir do Sol possui tamanho, composição e massa similares à Terra. O seu período de rotação é de 243 dias, superior ao tempo que Vênus leva a completar uma órbita ao redor do Sol, pelo que um dia em Venus é mais longo que um ano no mesmo planeta. Apesar de o núcleo ferroso de Vênus ser similar ao da Terra, a rotação extremamente lenta de Vênus não permite a existência de um campo magnético. Sua atmosfera extraordinariamente espessa e violenta, é composta primariamente por dióxido de carbono e vapores de ácido sulfúrico na forma de nuvens permanentes que envolvem todo o planeta. Como consequência, além de uma intensa pressão atmosférica (noventa vezes superior à pressão atmosférica terrestre), ocorre um superefeito estufa que faz com que a temperatura na superfície atinja mais de 470 graus Celsius.
A cobertura permanente de nuvens impede a observação direta das características da superfície, pelo que o seu mapeamento é efetuado por meio de radar e de sondas enviadas ao planeta. Tais pesquisas sugerem que o relevo de Vênus foi alterado em quase sua totalidade por ação da atividade vulcânica entre trezentos e quinhentos milhões de anos atrás.

  • Terra 


O maior planeta telúrico e o quinto maior do Sistema Solar, é o terceiro a contar do Sol. Seu núcleo é constituído principalmente por ferro, ao redor do qual encontra-se uma camada de rochas fundidas, por sua vez cercada por uma crosta relativamente fina e dividida em placas tectônicas em constante movimento, responsáveis pelas atividades sísmica e vulcânica na Terra. O núcleo metálico e a rotação do planeta permitem a formação de um substancial campo magnético. Com mais de setenta por cento de sua superfície coberta por água, a Terra apresenta uma peculiaridade em relação aos demais planetas, já que é o único conhecido a abrigar vida. Os seres que nele habitam influenciam a composição e a dinâmica da atmosfera terrestre, formada principalmente por nitrogênio e oxigênio. A inclinação do eixo de rotação é responsável pela ocorrência de estações que regulam o clima.
Nosso planeta possui somente um satélite natural, a Lua. Como praticamente não possui atmosfera nem está sujeita a outros agentes erosivos, a superfície lunar encontra-se coberta por marcas de impacto de outros corpos na forma de inúmeras crateras. Visualmente, a Lua é dividida em duas regiões conforme sua coloração: as terras altas, geralmente mais claras, e os mares, bacias de impacto preenchidas com lava que se mostram mais escuras. O período de rotação do satélite (cerca de 27 dias) é exatamente igual ao período de translação em torno da Terra, o que faz com que a Lua tenha sempre a mesma face voltada para o planeta (fenômeno denominado rotação sincronizada). Dentre as influências que a presença da Lua provoca na Terra, pode-se ressaltar a ocorrência das marés e a estabilidade no eixo de rotação do planeta. As primeiras sondas para explorar o satélite foram enviadas em 1959 e, dez anos depois, uma missão tripulada veio a realizar uma missão de viagem até a lua, o que fez da Lua o primeiro e único corpo celeste visitado por humanos até o presente.

  • Marte 


O planeta telúrico mais afastado do Sol passou a ser um mundo intrigante a partir do advento das observações telescópicas. Exibindo calotas polares variáveis e características superficiais mutantes, levantava suspeitas da possível existência de vida fora da Terra. Contudo, após o envio de sondas e exploradores robóticos, descobriu-se que Marte é um planeta desértico e não se constatou a existência de seres vivos. Com metade do tamanho da Terra, apresenta acidentes geográficos notáveis, como um sistema de cânions que se estende por mais de três mil quilômetros na região equatorial.
A atmosfera marciana, embora bem mais rarefeita do que a atmosfera terrestre, pode apresentar tempestades globais durante semanas, que levantam a poeira da superfície (rica em minérios de ferro, daí a coloração avermelhada predominante) e alteram completamente as características visuais do planeta. Por vezes formam-se nuvens de vapor de água e neblina sobre vales e crateras, provocando eventuais precipitações sob a forma de neve nas calotas polares. Evidências geológicas sugerem que Marte já foi um planeta rico em água, o que reforça também a possibilidade de o planeta, em determinado momento de sua história, ter abrigado alguma forma de vida. Marte possui dois satélites naturais, Fobos e Deimos, ambos de reduzidas dimensões e formato irregular, tratando-se provavelmente de asteroides capturados pela gravidade do planeta.

  • Júpiter 



O maior e mais massivo planeta do Sistema Solar exibe peculiares faixas multicoloridas criadas por fortíssimos ventos que percorrem faixas longitudinais na parte superior de sua atmosfera. Frequentemente surgem nessas bandas vórtices e sistemas de tempestades circulares, como a Grande Mancha Vermelha, uma tormenta maior que a Terra que já dura por séculos. Dentre os gases que compõem sua atmosfera, hidrogênio e hélio são os mais abundantes, seguidos por pequenas frações de vapor d'água, metano e amônia. Nas camadas gasosas inferiores do planeta, a pressão atmosférica é suficiente para liquefazer o hidrogênio. Já nas camadas mais internas do planeta, o mesmo elemento adquire propriedades metálicas e se torna eletricamente condutivo, dando origem, através do fluxo de cargas elétricas, a um poderoso campo magnético cuja intensidade é vinte mil vezes superior ao que é produzido pela Terra.
O número total de satélites naturais de Júpiter excede 60, sendo que os quatro maiores e mais notáveis recebem a denominação particular de luas galileanas, por ter sido Galileu Galilei quem as primeiro observou por meio de um telescópio em 1610. A lua  Europa atrai especial atenção devido à expectativa de que alguma forma de vida habite o imenso oceano de água em estado líquido (cujo volume pode exceder o dobro de toda a água da Terra) que se considera existir sob a camada de gelo que envolve a lua. Ganimedes, o maior satélite natural no Sistema Solar e o único que mantém seu próprio campo magnético, ultrapassa as dimensões de Mercúrio. Por fim, a superfície extremamente antiga e repleta de crateras de Calisto é uma recordação visível dos eventos que ocorreram no início da história do Sistema Solar. Outra peculiaridade desses satélites são suas interações gravitacionais, por exemplo, oscila entre a atração gravitacional exercida por Júpiter e a que sofre por parte de Europa e Ganimedes. Tal como acontece com a Lua, que mostra sempre a mesma face voltada para a Terra, também as luas de Galileu apresentam uma rotação sincronizada com Júpiter, provocando o mesmo efeito. O planeta possui ainda um tênue sistema de anéis, de difícil observação por ser formado de minúsculas partículas.

  • Saturno 


O segundo maior planeta do Sistema Solar possui uma composição semelhante à de Júpiter, rica em hidrogênio e hélio. Sua atmosfera, em função do calor irradiado do interior de Saturno, apresenta-se em constante turbulência, com ventos de mais de 1 800 quilômetros por hora que criam bandas visíveis nas suas camadas superiores em tons de amarelo e dourado. Embora mais fraco que o de Júpiter, o campo magnético do planeta ainda é quinhentas vezes mais intenso que o terrestre. Contudo, a característica mais notável de Saturno é seu impressionante sistema de anéis, formado essencialmente por fragmentos de gelo que se espalham por faixas, com milhares de quilômetros de extensão e paralelo ao equador do planeta. Sua espessura média é de apenas dez metros, nunca excedendo 1,5 quilômetro, e a maioria dos corpos que o compõem apresentam tipicamente dimensões entre um centímetro e dez metros.
Os satélites naturais de Saturno ostentam peculiaridades únicas no Sistema Solar. O maior deles, Titã, é envolvido por uma espessa atmosfera composta principalmente de nitrogênio, provavelmente similar à da Terra antes do surgimento das primeiras formas de vida. Jápeto possui um hemisfério com coloração brilhante e outro escuro, além de uma cordilheira que se estende exatamente sobre seu equador. Mimas apresenta uma cratera gigantesca resultante de um impacto que quase rompeu o satélite ao meio. Rico em gelo, Encélado mostra indícios de atividade vulcânica, com ejeções de vapor de água no hemisfério sul. No total, Saturno possui 53 satélites naturais, muitos deles descobertos somente através de sondas espaciais.

  • Urano 


O sétimo planeta a partir do Sol foi o primeiro a ser descoberto com o auxílio de um telescópio em 1781. À semelhança de Vênus, o sentido de rotação de Urano é retrógrado relativamente ao da maioria dos corpos do Sistema Solar. Além disso, seu eixo de rotação é extremamente inclinado, fazendo com que cada um dos polos do planeta fique diretamente voltado para o Sol durante um longo período. A atmosfera de Urano, formada principalmente de hidrogênio e hélio, além de uma pequena quantidade de metano (responsável pela coloração azul-esverdeada) e água, mostra-se dinâmica conforme as mudanças de estação do planeta. No seu interior, possivelmente se aloja uma camada líquida de água, metano e amônia. Também possui um sistema de anéis com faixas estreitas e composto por partículas escuras nos anéis mais internos e brilhantes nos mais externos.
Os satélites naturais de Urano, que totalizam 27, foram designados segundo os nomes de personagens das obras de William Shakespeare  Oberon e Titânia são os maiores corpos que orbitam o planeta, enquanto Ariel tem a superfície mais brilhante e possivelmente a mais recente dentre os satélites de Urano, com poucas crateras de impacto. Miranda, por sua vez, apresenta intrigantes cânions onde áreas cuja superfície parece antiga se estendem ao lado de outras de aspecto recente. Todos estes satélites aparentam ser formados de uma mistura entre rochas e gelo. Os demais corpos ao redor de Urano provavelmente são asteroides capturados pela gravidade do planeta.

  • Netuno 


O gigante e gelado Netuno é o planeta mais afastado do Sol e foi o primeiro a ser localizado a partir de cálculos matemáticos em vez de observações regulares do céu. Sua busca foi motivada por se terem constatado irregularidades na órbita de Urano que só poderiam ser explicadas pela interação com um corpo de massa considerável ainda desconhecido. Observações subsequentes da área onde Netuno se deveria encontrar, segundo os resultados calculados, vieram comprovar a sua existência. A extremamente violenta atmosfera netuniana, com ventos cuja velocidade excede nove vezes a dos mais intensos que ocorrem na Terra, apresenta relevante porcentagem de metano, responsável por sua coloração azulada. Frequentemente surgem sistemas de tempestades circulares no planeta, como a grande mancha escura, um sistema anticiclônico maior que a Terra que desapareceu alguns anos após ser fotografado pela sonda Voyager 2. Presume-se que as camadas intermediárias de Netuno sejam formadas por compostos gelados, como amônia e água, ao redor de um núcleo rochoso.
Dos quatorze satélites naturais conhecidos de Netuno, o maior e mais intrigante é Tritão, que orbita o planeta em direção oposta à dos demais. Apesar de extremamente gelado (com temperaturas inferiores a -230 graus Celsius), além de uma tênue atmosfera que, por razões desconhecidas, está se tornando mais quente. Muitas das outras luas são pequenas e escuras, razão pela qual foram descobertas somente após o envio de sondas espaciais. O sistema de anéis do planeta exibe diversas irregularidades, sendo preenchido de forma muito desigual, que não só apresentam indícios de serem recentes como também efêmeras.

Sistema Solar

Origem do Sol:   




Laplace foi o responsável por desenvolver a hipótese de que o Sol teria se formado a partir de uma nuvem que girava e se contraía e, ao seu redor, os restantes materiais se condensaram nos demais corpos. Essa teoria, comumente referida como hipótese nebular , passou por algumas adaptações e se tornou a mais aceita no meio científico, especialmente após observações recentes da composição de meteoritos, que conservam características do período em que se formaram, nos primórdios do Sistema Solar.

Há cerca de 4.66 bilhões de anos,toda a matéria que hoje forma o Sistema Solar se encontrava sob a forma de gás e poeira pertencentes a uma grande nebulosa com extensão estimada entre cinquenta e cem anos-luz, composta sobretudo por hidrogênio e uma considerável fração de hélio, além de traços de elementos mais pesados, como carbono e oxigênio e alguns compostos silicados, que formavam a poeira interestelar. Em algum momento, por conta de uma provável influência externa, como uma onda de choque provocada pela explosão de uma supernova nas proximidades, uma região em seu interior começou a se tornar mais densa e, por causa da gravidade, progressivamente passou a atrair mais gás em sua direção, dando origem a um núcleo que se aquecia conforme ganhava massa.Esse fragmento da nebulosa apresentava um lento movimento de rotação que, enquanto se condensava, gradualmente aumentava a sua velocidade angular. Contudo, se essa velocidade se tornasse excessiva, não permitiria a formação da estrela. Por isso, de acordo com a teoria mais aceita, o gás cuja velocidade era muito elevada para incorporar-se ao núcleo era ejetado por ação de um campo magnético que permeava a nuvem, dispersando assim boa parte do momento angular do sistema.
Com o núcleo da nuvem cada vez mais denso, formou-se uma esfera achatada de gás com temperatura agora atingindo alguns milhares de graus Celsius, uma protoestrela, cujo diâmetro era equivalente ao da órbita atual de Mercúrio. Ao seu redor, a nuvem de gás adquiriu um formato achatado devido ao movimento de rotação, formando um disco denominado nebulosa solar, que se estendia por entre cem e duzentas unidades astronômicas ( unidade astronómica é uma unidade de distância média entre a Terra e o Sol 1 unidades astronômicas = 149 597 871 quilômetros). Ao redor do núcleo a temperatura era relativamente alta, alguns milhares de graus Celsius, ao passo que as áreas mais afastadas registravam temperaturas negativas.

Um milhão de anos se passaram desde o início do colapso da nuvem, quando o protossol já havia encolhido para um raio poucas vezes maior que seu estado atual. Nessa etapa teve início uma das fases mais turbulentas de sua evolução. Em seu interior, a maior parte do gás se encontrava ionizado 
(Ou seja transformando o gás em um monte de íons flutuantes no espaço­­) e a uma temperatura de cerca de cinco milhões de graus Celsius, o que, em associação com a rápida rotação da protoestrela, gerava movimentos de cargas elétricas, originando um campo magnético muito mais intenso que o atual. A instabilidade desse campo provocava violentas movimentações de gás ionizado, tanto da própria protoestrela quanto da nuvem ao seu redor, causando uma intensa variação de brilho. Entre trinta e cinquenta milhões de anos depois, a temperatura no núcleo chegou a quinze milhões de graus Celsius, suficiente para dar início ao processo de fusão nuclear, caracterizando o Sol como uma estrela estável que entrou na sequência principal, convertendo hidrogênio em hélio.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Astrofísica, Astronomia e Cosmologia. Qual é a diferença entre esses três ? 


Como estamos no começo da nossa jornada de aprendizado sobre esses assunto vou explicar melhor sobre do que se trata cada um deles. 
As três áreas se completam e se comunicam entre si, em todas as três a base de tudo é o nosso universo em si, porém cada uma tem um foco especifico.
Sem mais delongas vamos as explicações sobre cada um deles. 

Cosmologia
É a mais abrangente das três, nela é estudado o COSMO em si, sua origem,, formação, evolução, passado e futuro. 
Essa é basicamente a disciplina de historia,  ao meu ver é a primeira coisa a ser estudada, saber quem foi Eratóstenes, Ptolomeu, Copérnico, Galileu Galilei, Kepler e nosso saudoso Newton é de extrema necessidade para nosso estudo. 

Astronomia 
Não é focada no mecanismo geral do universo, e sim em como ele funciona, em suas peculiaridades, seus componentes, planetas, meteoros, estrelas, conglomerados, galaxias e tudo mais o que houver no universo. 
Astronomia é a área do meu amigo Andrey, então ele que devia estar falando dessa. Mas vamos la, a Astronomia é a mais complexa dentre as três, pode-se dizer até que a Cosmologia e a Astrofísica se encontram dentro da Astronomia devido a tamanha complexidade dela, é uma das ciências mais antigas que existem, nela que os nomes que citei anteriormente desenvolveram suas pesquisas e trabalhos. 

Astrofísica 
Essa tem como objetivo o mesmo da astronomia, mas dessa vez com foco na física existente em tais corpos celestes. 
A parte que a mim foi confiada a escrever, a Astrofísica é o que mais me atrai, nela estudamos a parte de funcionamento físico dos corpos celestes, sua atração gravitacional, velocidade, direção e trajeto, e tudo o que relacionar a matéria propriamente dita. 


Bom. espero que tenha ajudado a vocês a entenderem um pouco mais sobre essas três áreas. Estamos sempre juntos na jornada de aprender um pouco mais sobre o universo ao nosso redor.  Vida Longa e Próspera !